quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

HUMILDADE


“Senhor, fazei com que eu aceite minha pobreza tal como sempre foi. Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter e se perdeu por caminhos errados e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade seja como a chuva desejada caindo mansa, longa noite escura numa terra sedenta e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós, minha cama estreita, minhas coisinhas pobres, minha casa de chão, pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha debaixo do meu fogão de taipa, e acender, eu mesma, o fogo alegre da minha casa na manhã de um novo dia que começa.”
Por Cora Coralina

Um comentário:

  1. Caro Amigo, escrever para os outros se torna, um ato de abertura sentimental, mas também é um desafio que só os que o fazem tem noção de sua complexibilidade. Na ânsia de dar aquilo que nos é mais precioso, o conhecimento, tropeçamos e nos levantamos,mas seguimos com dignidade nas observâncias que nosso arco íris de sabedoria nos dá como dádiva. As palavras que nos traz, tem profundo conhecimento da natureza humana. Parabéns, de seu sempre amigo MAURICIO GOULART.

    ResponderExcluir